Scottish Terrier

O Scottish Terrier é um dos mais antigos cães escoceses, desenvolvido para atuar na caça desentocando as presas de suas tocas. Segundo historiadores, a raça faz parte da ‘paisagem’ escocesa há muito tempo, o que leva os mais apaixonados a dizerem que ‘já existiam Scottishes nas Highlands quando a Europa ainda estava sob domínio romano’. 


Entusiasmos e exageros à parte. Scottish faz parte do grupo de 5 raças de terriers aparentadas surgidas na região, entre elas o westie, o cairn terrier, o
Dandie Dimont e o Skye Terrier.

O Scottish, assim como seus parentes mais próximos, foi desenvolvido pelos criadores que buscavam, acima de tudo, um cão forte, valente e inteligente que pudesse acompanhar os caçadores em sua atividade primordial.

Talvez seja pelo fato de que realmente eles tenham conseguido atingir seus objetivos que os Scottishes seguem conquistando admiradores em todo lugar... além de terem sido os inspiradores do simpático Joca – do desenho A Dama e o Vagabundo – e de terem sido os símbolos do wiskie Black and White, os Scottishes ainda foram os escolhidos por personalidades como os ex-presidentes dos Estados Unidos Franklin Roosevelt e Ronald Regan e pelas atores Humphrey Bogard, Betty Davis, Julie Andrews, Lisa Minelli, Shriley Temple e Jessica Lange.



Personalidade

O Scottish, como bom terrier, é um cão extremamente valente e ativo. Muito ágil e versátil e segundo seus admiradores, poucos conseguiram manter as qualidades de temperamento na caça como o Scottish. Além de desentocarem suas presas, muitas vezes podem ser usados como auxiliares na caçada com armas de fogo, buscando a caça após o abate ou mostrando a caça para o seu dono. 

São cães bastante alegres e de temperamento bem forte. São muito úteis como cães de alarme, uma vez que não costumam deixar passar o menor movimento estranho em seu território.


Até em função de ter mantido suas características primordiais, o Scottish pode dar alguma dor de cabeça ao seu proprietário com sua necessidade de exercitar suas habilidades de ‘toqueiro’. Se existir um jardim, certamente ele será
escavado pelo Scottish.


Sua personalidade forte e valente pode também ser uma característica que dificulte a convivência com outros cães e mesmo entre cães do mesmo sexo, talvez seja por isso que tenha ganho o apelido de ‘Galo do Norte’.


Seu relacionamento com crianças pode ser complexo, uma vez que apesar do
tamanho e de sua aparência de pelúcia não são absolutamente cães de ‘colo’
e realmente podem acabar revidando com mordidas as brincadeiras mais
violentas das crianças.



O Scottish é aceito em 3 cores: preto, trigo e blindle (malhado) e o principal cuidado que requer para uma pelagem saudável é o stripping, que consiste em arrancar o pelo das costas para que mantenha sua textura áspera e dura.


A pelagem tem uma camada de óleo na superfície que dificulta a infiltração da água e da neve, fazendo-as escorrer para os lados. O subpêlo denso auxilia nessa função e o ajuda a sentir menos as variações de temperatura. Os tufos de
pêlo dentro das orelhas evitam a entrada da terra ao cavar. 


O Filhote


Assim como o adulto, o pequeno Scottish é um poço de energia e temperamento forte. Devido às suas origens, pode ser um tanto destruidor, uma vez que os
instintos de ‘caçador’ ainda não tenham sido realmente contidos.


Caso seja preciso deixá-lo sozinho, o pequeno Scottish deve ser acostumado desde cedo, de preferência deixando brinquedos e diversões próprias para que ele não fique entediado e procure diversão em móveis e sapatos.


Nesta fase também é bem interessante que o dono inicie seu programa de adestramento, com o objetivo de aproveitar a plena energia do filhote.



Problemas comuns à raça

Os Scotties são bastante resistentes, mas apresentam alguma predisposição genética para as seguintes doenças 


Paralisia do Scottish – a paralisia do
Scottish é um problema hereditário da raça e apesar disso talvez o menos grava do ponto de vista do cão. Afeta cães completamente normais que andam e se exercitam de maneira normal até que sejam submetidos a esforços estressantes. Com o aumento do esforço sua andadura vai ficando estranha, cambaleante, podendo refletir na coluna cervical. A paralisia trava os músculos do cão de uma só vez, mas não deve ser confundida com um ‘surto de epilepsia’, uma vez que o cão não perde a consciência. Nos casos em que a paralisia acontece, tão logo o cão esteja descansado, volta a se movimentar normalmente.

Doença de V Williebrand - uma deficiência de coagulação sangüinea

Síndrome de Cushing.

Hipotiroidismo – caracteriza-se por uma baixa produção de hormônios da tiróide. Os principais sintomas são: perda anormal de pelos (normalmente bilaterais e siméstricos), pelofraco e sem brilho, problemas de pele crônicos ou alérgicos, aumento de peso, infertilidade, fadiga e letargia e forte intolerância ao calor.
Neste caso é muito importante que haja um diagnóstico preciso para que o tratamento tenha os efeitos esperados.

Epilepsia – pode ser causada por diversos fatores e o tratamento vai variar de acordo com o diagnóstico
feito pelo veterinário. Segundo os criadores americanos, nos últimos anos houve um forte aumento no registro de casos de Epilepsia entre os Scottish Terriers.

Osteopatia Craniomandibular (CMO) – problema genético caracterizado pelo crescimento anormal dos ossos da mandíbula. Normalmente é diagnosticada entre a partir dos 4 meses e até o cão
completar 7 meses de vida.




PADRÃO OFICIAL

CBKC nº 73d
FCI nº 73

País de Origem: Escócia

Classificação FCI: Grupo 3: Terriers

Nome no país de origem: Scottish Terrier

Utilização: Caça

Prova de trabalho: para o campeonato, independe

APARÊNCIA GERAL E CARACTERÍSTICAS: Cão encorpado, com um tamanho adequado ao trabalho debaixo do chão, com membros curtos e um aspecto vivo, dando uma impressão de grande força e atividade para o seu volume. A sua cabeça parece comprida para o seu tamanho. É muito ágil e ativo apesar dos seus membros curtos. É fiel e apegado ao dono, cheio de dignidade, independente e pouco demonstrativo, embora valente e inteligente. O seu temperamento é atrevido mas nunca agressivo.

CABEÇA: É comprida mas não desproporcional em relação ao tamanho do cão. O comprimento do crânio , de largura suficiente, dá-lhe um aspecto estreito. É quase chato, com arcos zigomáticos não salientes. O focinho solidamente constituído, é alto. O crânio e a cana nasal têm o mesmo comprimento. O stop é ligeiro mas nítido entre o crânio e o focinho está na altura dos olhos. Trufa bem desenvolvida; de perfil a linha que vai dela ao queixo parece inclinada para trás.
Olhos: amendoados, castanho-escuros, bastante separados, profundamente afundados nas sobrancelhas; expressão via e inteligente.
Orelhas: bem desenhadas, finas, pontiagudas, eretas, com inserção no alto do crânio, mas não muito perto uma da outra; as orelhas grandes ou cuja base sejam largas são defeitos graves.
Maxilas: os dentes são grandes e apresentam uma perfeita mordedura em tesoura, regular e completa, isto é, os incisivos superiores cobrem os inferiores num contato estreito e estão inseridos perpendicularmente às maxilas.
Pescoço: Musculoso, de comprimento médio.

ANTERIORES: A cabeça termina num pescoço musculoso, de comprimento médio, distinto, que se insere em ombros compridos e inclinados. O peito, de boa largura e descendo bem entre os membros anteriores é projetado relativamente a estes, que são aprumados e apresentam bons ossos; as canas metacárpicas são retas. Os cotovelos não devem ser saídos nem reentrar para debaixo do corpo.

CORPO: As costelas são arredondadas, mas depois tornam-se mais planas e formam um peito descido; estendem-se bastante para trás. Linha superior proporcionalmente curta e muito musculosa. A linha superior do corpo é reta e horizontal; lombo musculoso e bem descido.

POSTERIORES: De uma potência notável para o tamanho do cão. O traseiro é forte e largo, as coxas são compridas e os joelhos bem angulados. Jarretes curtos e fortes, não virados para fora nem para dentro.

PÉS: De bom tamanho, estão providos de boas almofadas. Os dedos são bem arqueados e juntos; os pés anteriores são ligeiramente maiores que os posteriores.

CAUDA: De comprimento médio, dando ao cão um bom equilíbrio geral; grossa na base, estreitando ba extremidade. Pode ser reta ou ligeiramente curvada.

MOVIMENTAÇÃO: Regular e sem rigidez, com os membros anteriores e posteriores deslocando-se corretamente. Os membros posteriores dão o impulso e o movimento é uniforme.

PÊLO: Pêlo duplo, colado ao corpo. Subpêlo curto, espesso e macio. O pêlo de cobertura é áspero, espesso e rígido (arame). O conjunto forma uma proteção à prova do mau tempo.

COR: Preto, trigo ou tigrado em qualquer cor.                                  PESO TAMANHO:Altura na cernelha: 25,4 a 28 cm Peso: 8,6 a 10,4 Kg

NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.


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